abertura

“No início, fugiam-lhe apenas algumas palavras, ou, em seu lugar, dizia outras parecidas com elas, e começava a rir. Mas, no final, ele só conseguia pronunciar muito poucas palavras, e de cada vez que tentava precisar o seu pensamento, terminava sempre com a mesma frase, uma das últimas que lhe restavam: “É estranho”. Ele dizia “é estranho”, e havia em seus olhos o imenso espanto de tudo saber, mas de nada poder dizer”.

Milan Kunder, Do Riso e do Esquecimento

2 comentários:

Hugo Monteiro disse...

Ganda livro.

Paulo Lopes Silva disse...

Para seguir com o mesmo interesse de sempre. Boa sorte neste (mais um!) projecto.